Fertilizante é caro! Talvez esta tenha sido a frase mais falada nas rodas de discussão sobre fertilização no primeiro trimestre deste ano, após a elevação atípica dos preços dos fertilizantes no começo de 2021. Há uma expectativa de redução, mas como sua matéria prima é cotada em dólar, é pouco provável que os preços voltarão aos patamares dos anos anteriores.
Apesar de caro, a fertilização é fundamental para garantir a sustentabilidade da produção de madeira, especialmente em florestas de alta produtividade. A aplicação de fertilizantes pode resultar em ganhos de produtividade na ordem de 50%.
A quantidade de nutriente a ser aplicado via fertilização é função da demandada da cultura, subtraída da disponibilidade do nutriente no solo, tudo isso ponderado pela eficiência do fertilizante. Dessa forma, conhecer a expectativa de produtividade é o primeiro passo para a recomendação de fertilização, mas esta, infelizmente não é apenas função da fertilização. Lembremos da lei do mínimo, não adianta eu aplicar uma dose de fertilizante suficiente para atingir um IMA de 50 m3 ha-1 ano-1, se a disponibilidade hídrica (ou outro fator) limite a produtividade à 35 m3 ha-1 ano-1.
A expectativa de produtividade é determinada com base em informações regionais, na experiência do silvicultor ou com base na produtividade das rotações anteriores. Mas como saber se a expectativa de produtividade do talhão é a mesma da média regional? Como saber se o clima, e consequentemente a produtividade, desta rotação será o mesmo da rotação anterior?
A estratégia é recomendar um pouco mais de fertilizante para garantir que independente do clima ou da variação entre talhões, não haja limitação nutricional. Mas e agora com o fertilizante nesse preço?
Como fertilizante é caro e essencial para produção florestal, o que nos resta é utilizá-lo com eficiência. Pensando em otimizar o uso dos fertilizantes, nós da Geplant desenvolvemos o método SNC – Solo, Nutrição e Carbono. Um método que integra as informações de clima, solo, manejo e potencial produtivo de cada talhão para otimizar a recomendação de fertilização, sempre com foco na melhor relação produtividade/custo.
Dessa forma, a produtividade esperada, e consequentemente a fertilização é ajustada no nível do talhão, garantindo assim mais precisão nas recomendações, economia e garantia de produtividade.